Tipagem molecular e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos de salmonella enterica subsp. enterica sorovar Heidelberg e salmonella enterica subsp. entérica sorovar Minnesota isoladas de frangos de corte no estado do Paraná
Salmonella é um gênero de bactérias gram-negativas, aeróbicas facultativas pertencentes à família enterobacteriaceae. Este patógeno com apenas duas espécies S. bongori e S. enterica conta com mais de 2600 sorovariantes, muitas delas causadoras de doenças transmitidas por alimentos (DTA).
Salmonella Heidelberg e salmonella Minnesota são sorovares de salmonella não-tifóide (NTS) capazes de causar salmonelose, quadro em que o indivíduo infectado sofre de enterocolite e gastroenterite aguda, devido à ingestão de alimentos contaminados, levando a sintomas de febre, dores abdominais náuseas, vômito e mesmo diarreia, podendo, nos piores casos, evoluir para uma infecção sistêmica.
Apesar de raramente esta manifestação ser tratada com o uso de antimicrobianos, bactérias que já carregam genes de resistência devido à exposição prévia associada ao local de produção do alimento, tal como as granjas, podem se tornar vetores que contribuem para a disseminação de resistência a antimicrobianos para outros potenciais patógenos.
O estado do Paraná é atualmente o maior exportador de carne de frango in natura no país, ocupando ainda o segundo lugar na produção de ovos, tornando a avicultura em nossa região um importante ativo e impulsionador da economia. Esta pesquisa tem por objetivo analisar cepas de Salmonella de granjas do estado do Paraná, avaliar o perfil de resistência a uma série de antimicrobianos utilizados na prática clínica, através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), e elucidar eventual disseminação clonal e os mecanismos moleculares de resistência aos antimicrobianos utilizando a análise do sequenciamento de genoma completo (WGS).