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    Eficácia da cirurgia antirrefluxo em transplantados renais é tema de pesquisa de cientista do IPP

    27 de setembro de 2024
    Claudia Sirlene de Oliveira e a estudante Nayara Souza, que faz parte do grupo da pesquisadora no IPP.

     

    A pesquisadora Claudia Sirlene de Oliveira, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP), publicou, no último dia 6 de setembro, um artigo no Journal of Clinical Medicine. O trabalho, intitulado “The Effectiveness of the Surgical Correction of Vesicoureteral Reflux on Febrile Urinary Tract Infections after a Kidney Transplant: A Single-Center Retrospective Study”, foi desenvolvido em parceria com André Varaschin, ex-orientando de mestrado de Claudia no IPP; Gabriella Gomar, estudante de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP); Amanda Rocco e Silvia Hokazono, médicas do Hospital Universitário Cajuru; e Quelen Garlet, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    O estudo é um marco na área de nefrologia e urologia, pois avalia a eficácia da cirurgia de correção do refluxo vesicoureteral na prevenção de infecções febris do trato urinário em pacientes submetidos a transplantes renais. O refluxo vesicoureteral é uma condição na qual a urina que está na bexiga retorna para os rins, aumentando o risco de infecções e complicações que podem comprometer a função do rim transplantado.

    A pesquisa, que utilizou uma abordagem retrospectiva, envolveu a análise de dados de pacientes submetidos a transplante renal em um único centro. “Nosso objetivo foi verificar se a cirurgia de correção do refluxo vesicoureteral realmente oferece benefícios significativos para pacientes transplantados, especialmente na redução de infecções do trato urinário que podem levar a complicações graves”, explicou Claudia.

    Os resultados demonstraram que a cirurgia é efetiva em reduzir significativamente o número de infecções febris do trato urinário em pacientes que passaram por um transplante de rim. Essa redução é crucial, pois infecções recorrentes podem prejudicar a saúde do rim transplantado e, em casos graves, levar à perda do órgão.

    “A diminuição das infecções não só melhora a qualidade de vida dos pacientes como também ajuda a preservar o rim transplantado, o que é fundamental para o sucesso a longo prazo do transplante”, destacou a pesquisadora. Ela acrescentou que, apesar de ser uma técnica já conhecida, o estudo trouxe evidências importantes sobre o impacto positivo da cirurgia, reforçando sua indicação em casos específicos de pacientes transplantados com refluxo vesicoureteral.

    O trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa do IPP, FPP e UFPR representa um avanço significativo na área e abre caminho para futuras pesquisas que possam explorar outros fatores que influenciam a saúde de pacientes transplantados. Além disso, ressalta a importância da abordagem multidisciplinar e da colaboração entre instituições de pesquisa para a promoção de estudos que gerem benefícios diretos aos pacientes.


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