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    Diretora do IPP integra equipe editorial de periódico internacional sobre imunidade

    25 de junho de 2025
    Carolina Prando ao lado do editor-chefe Jean-Laurent Casanova, durante encontro com a equipe editorial do Journal of Human Immunity. (Foto: arquivo pessoal)

     

    A médica Carolina Prando, diretora de Medicina Translacional do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP), passou a integrar a equipe editorial do Journal of Human Immunity (JHI), periódico científico internacional voltado aos estudos sobre imunidade humana e erros inatos da imunidade, condição que afeta o sistema imunológico desde o nascimento. Carolina é a única brasileira a fazer parte do corpo editorial da revista e representará a Sociedade Latino-Americana de Imunodeficiências (Lasid).

    O Journal of Human Immunity é uma publicação da Rockefeller University Press, com sede em Nova York (EUA), em parceria com a International Alliance for Primary Immunodeficiency Societies (Iapids), aliança que reúne sociedades científicas dedicadas ao tema em todo o mundo. A nomeação de editores é feita pelo editor-chefe da revista, Jean-Laurent Casanova, com base em indicações de representantes dessas sociedades. Os chamados Society Editors, como é o caso de Carolina Prando, têm a missão de fazer a ponte entre o periódico e as comunidades científicas regionais.

    Para Carolina, integrar o conselho editorial de uma publicação científica dessa magnitude é, ao mesmo tempo, uma oportunidade de colaborar com o avanço da ciência global e de ampliar a visibilidade do trabalho desenvolvido no IPP, em Curitiba. “Essa participação ajuda a fortalecer o Instituto como referência na área de imunologia, abre espaço para novas parcerias e permite que o conhecimento gerado aqui alcance outros países”, afirma a médica.

    Avaliação de manuscritos

    Entre suas atribuições, Carolina participará do processo de avaliação de manuscritos, contribuirá para a definição de temas de edições especiais e atuará na promoção da revista entre os pesquisadores latino-americanos. Ela destaca que um dos principais diferenciais do JHI é seu modelo de acesso aberto, que elimina barreiras financeiras ao conhecimento e favorece o desenvolvimento científico, especialmente em países de baixa e média renda.

    Única brasileira no Journal of Human Immunity, Carolina fortalece a presença latino-americana na ciência global. (Foto: Complexo Pequeno Príncipe / Wynitow Butenas)

     

    Segundo Carolina, sua experiência com pesquisa no Brasil contribui com uma perspectiva única sobre as realidades genéticas, epidemiológicas e socioeconômicas da América Latina. “Essas particularidades muitas vezes não estão representadas na literatura científica. Trazer essa visão ajuda o JHI a ser mais plural e relevante para diferentes contextos”, explica.

    Voltado para uma área altamente especializada da imunologia, o Journal of Human Immunity se diferencia de outros periódicos por englobar genética, imunologia clínica e pesquisa translacional em sua abordagem editorial. Além disso, mantém um compromisso com a colaboração internacional e com o impacto prático das descobertas científicas na vida dos pacientes.

    Acesso à publicação científica

    Um aspecto importante do Journal of Human Immunity é seu compromisso com a equidade no acesso à publicação científica. Os custos de processamento de artigos (article processing charges — APCs) são automaticamente dispensados para autores correspondentes de instituições que possuam acordo Read-and-Publish com a Rockefeller University Press (RUP) — modelo que combina acesso ao conteúdo da revista com isenção de taxas de publicação — e também para autores de países de baixa ou média renda. Além disso, a revista assegura que a impossibilidade de pagamento não impedirá a publicação do manuscrito. Em casos de dificuldades financeiras ou exigências específicas de financiadores, os autores poderão entrar em contato diretamente com a equipe editorial para buscar alternativas e garantir a disseminação de seu trabalho.

    Assumir essa nova função, conforme Carolina Prando, representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. “É preciso garantir o rigor científico e lidar com a diversidade cultural e científica dos autores. Ao mesmo tempo, é uma chance de participar da construção do conhecimento em nível global e ajudar a disseminar descobertas que podem transformar a prática clínica e salvar vidas.” Carolina também é professora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP), uma parceria com o IPP.

    Com a nomeação, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe reforça sua inserção no cenário internacional da ciência e da medicina, contribuindo para a construção de uma imunologia mais diversa, acessível e conectada às necessidades reais das populações.


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