Pesquisadora do IPP participa de congresso mundial sobre neuroblastoma em Washington (EUA)

A pesquisadora Luciane Cavalli, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP), representou a instituição no Advances in Neuroblastoma Research Meeting 2025, em Washington (EUA), o maior congresso do mundo dedicado exclusivamente ao estudo do neuroblastoma — um tipo raro de câncer infantil. O evento, que acontece a cada dois anos, reuniu os principais especialistas e grupos de pesquisa da área, como o Children’s Oncology Group e o SIOPEN, para apresentar descobertas recentes que prometem melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.
“Esse congresso foi de grande importância para a pesquisa básica, translacional e clínica do neuroblastoma, com a apresentação, pelos principais especialistas, dos avanços mais recentes nessas áreas”, destacou Luciane. Entre os principais temas abordados, incluem-se as novas formas de estratificação de risco — que auxiliam a definir tratamentos mais personalizados — e o progresso no uso da imunoterapia com anticorpos anti-GD2 combinados a outros medicamentos. Também foram discutidas terapias-alvo com base no perfil genético dos tumores e o uso cada vez mais comum das chamadas biópsias líquidas para monitorar o tratamento de forma menos invasiva.
Luciane foi acompanhada pela assistente de pesquisa Aline Fonseca e pela estudante de mestrado Mayara Oliveira Ruthes, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente do IPP, uma parceria com a Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). Mayara apresentou um pôster com os resultados de seu trabalho sobre variantes genéticas identificadas por sequenciamento de nova geração em pacientes pediátricos com neuroblastoma do Sul do Brasil.

Segundo Mayara, o estudo revelou um amplo espectro de alterações genéticas, destacando a complexidade desses tumores. “Foi uma experiência única apresentar meu trabalho nesse congresso. Compartilhar nossos dados com pesquisadores do mundo todo e receber feedbacks valiosos foi extremamente enriquecedor”, contou.
No Brasil, a taxa de neuroblastoma é de aproximadamente um caso a cada sete mil nascidos vivos. Na Região Sul, muitos diagnósticos ocorrem em fases avançadas da doença, o que reforça a importância de estudos como o de Mayara, voltados ao entendimento genético da doença em diferentes populações.
A participação no congresso mostra a relevância internacional da pesquisa desenvolvida no IPP e reafirma o compromisso da instituição com a ciência de ponta e com a formação de pesquisadores.