Avaliação do alorreconhecimento indireto das incompatibilidades HLA-DPB1 no transplante de medula óssea com doadores não-aparentados para pacientes com doenças não malignas
Estudo do impacto das incompatibilidades de HLA-DPB1 (gene que desempenha um papel crucial no sistema imunológico) do epítopo de células T (TCE – parte específica de uma molécula de antígeno que é reconhecida pelo sistema imune, especialmente pelos anticorpos) na sobrevida de pacientes com doenças não malignas submetidos a transplantes de células tronco hematopoiéticos de doadores não relacionados 10/10 (URD-HCT).
A tipagem HLA de alta resolução foi realizada usando sequenciamento de última geração. O algoritmo TCE3 v2.0 classificou as incompatibilidades HLA-DPB1u em permissivas (PM) e não permissivas (NPM). Como resultado, no total, 151 pacientes com distúrbios não malignos foram submetidos a URD-HCT entre 2007 e 2022.
A idade média foi de 9 anos. Todos os pares tinham compatibilidade de alta resolução HLA 10/10. Destes, 122 (80,8%) tinham incompatibilidades HLA-DPB1. Antes do dia +400, a presença de NPM foi fortemente associada ao aumento da mortalidade. Em contraste, NPM não impactou a sobrevida após o dia +400.
O estudo descreve que os não permissivos estão associados a uma menor sobrevida antes do dia +400 em pacientes com distúrbios não malignos, recebendo 10/10 URD-HCT. Portanto, tais incompatibilidades HLA-DPB1 devem ser evitadas sempre que possível. Além disso, na ausência de um doador com compatibilidade HLA 12/12, um permissivo deve ser priorizado devido ao seu melhor perfil de sobrevida. Essas descobertas devem ser validadas em cortes independentes.